41- IRRACIONAIS

Tenho gatos em casa e esses bichinhos ajudaram-me muito. Na época que eu não estava bem às vezes judiava dos pobrezinhos depois sentia-me muito mal. E com terapias e medicamentos estou mais calmo e esses bichinhos também me acalmam.

41- IRRACIONAIS

O belo ar era puro, agora contaminado
Podemos ver a beleza dos animais
Apesar do homem cortar as árvores
A natureza vive no reino encantado

Os bichos ensinam o ser humano
A amar todos que precisam de amor
Os pássaros, gatos e cachorros
E até feras da selva vivem no amor

Bem mais que nós sábios racionais
Não se preocupam com o amanhã
Dormem puros na manhã que existe

Pode a beleza simples do animais
Nos envolver com a ternura humilde
O olhar deles tão meigo e mui triste

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Ericson Eduardo Morais

40- FANTASIA

Os pensamentos obsessivos faziam-me viver fora da realidade, como se eu fizesse parte de outro mundo.

40- FANTASIA

Os problemas mentais do paciente
São uma loucura bela do ser louco
No hospício vive sozinho sempre 
Fora da realidade do mundo louco

Só mesmo o louco vive a fantasia
De que pode voar a qualquer hora
Voar é um sonho de toda criança
Ninguém vê a beleza desse louco

Que é capaz de ver além do real
Coisas que muitos não enxergam
A loucura de Deus invade o louco

Deus ama muito o ser louco sempre
Deus o criou por isso o entende
Tanto que o deixa ser feliz um pouco 


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Ericson Eduardo Morais 

39- SOBREVIVENTES

Sou um sobrevivente em meio as obsessões que sofri. Não passo horas pensando nem saio mais a noite para as ruas, aquela agonia de sempre chorar, acabou. Apenas tenho a necessidade de ouvir uma música pra chorar porque busco emoções em alguma coisa, isso não acontece sempre. Estou livre daquela angústia.

39- SOBREVIVENTES

Muitos moram no lixão pra sobreviver
Comem o que encontram no lixo
Muitas pérolas acham nesse lugar
Sabem viver sem ter o que comer

O lixão é feio pra quem não mora lá
Mas tem beleza pra quem ali vive
Quem mora no lixão sabe ser belo
Pois enfrenta todo dia a miséria

Saberias comer no lixão todo dia ?
Essa é a beleza do sobrevivente
Sabe viver com tão pouca comida

Muitos reclamam da casa, da roupa 
Não agradecem pela comida do dia
Poucos, tem essa beleza que contagia

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Ericson Eduardo Morais

38- TRABALHO HONESTO

38- TRABALHO HONESTO

O lixeiro que cata o lixo da rua
Limpa a cidade poucos reconhecem
Sem o lixeiro a cidade fica suja
Ninguém vê beleza no seu trabalho

A roupa do lixeiro pode não ser bela
Mas leva consigo o sorriso alegre
De uma beleza hoje rara no mundo
O lixeiro trabalha honestamente

As luvas nas mãos sorrindo ele vai
Pegar o lixo que o morador deixa
Não perde a beleza, alegria jamais

O suor desce no seu rosto contente
Como é belo o lixeiro da cidade
O que seria de nós sem esse valente


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Ericson Eduardo Morais 

37- CATADOR DE LATINHA

37- CATADOR DE LATINHA

A real beleza do catador de latinha
É ver em seus olhos a chama ardente
Com sua carroça segue a trilha
Sempre feliz, belo e contente

Quem sabe mal vestido ele canta
O sapato furado pelo tempo
Brilha a beleza em seu semblante
Nunca demonstra sofrimento

Suporta daqueles o mal olhado
Segue elegante com a sua carroça
Nem em Paris vejo tanta beleza

Que vejo nesse catador de latinha
Meu grande mestre de todos os dias
Ensinou-me agora a beleza da vida


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Ericson Eduardo Morais  

36- CRACOLÂNDIA DO FILHO PRÓDIGO

36- CRACOLÂNDIA DO FILHO PRÓDIGO

Triste ver jovens no crime e no tráfico

A droga te faz ficar feio e fraco

Eu ainda vejo esperança no drogado
Saber que pra Deus existe um jeito

O vício tomou conta, não consegue sorrir
E rouba o vizinho pra sobreviver
Vive sem paz, vive infeliz
A mãe e o paí choram vendo o filho sofrer

Mas Deus vê beleza nesse ser humano

Tu és belo diz o Espírito Santo

O consolador quebranta lhe o coração

A beleza volta no filho pródigo
O pai lhe abraça e a mãe lhe consola
Jesus liberta quem está nas drogas 

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Ericson Eduardo Morais 

35- NEGRITUDE

35- NEGRITUDE

O negro sofre todo tipo de racismo

A pele negra revela uma vil beleza

A negritude criada por um Pai divino

Que ama a todos sem olhar a cor

Corre o sangue negro pelas veias
Todo ser humano tem o seu valor
As mulatas são belas e não feias
A moça negra beijei com amor

Bela cor Deus criou nesse universo

Morena jambo os teus olhos vejo
Chorar ao peito do Cristo amado

Quis casar com um branco no altar

Não deixaram a morena se casar

Morreu o branco de amor nos braços

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Ericson Eduardo Morais 

34- PÁTRIA AMADA

34- PÁTRIA AMADA

O grafite espalhado por toda a favela
Uma beleza nos olhos de cada um
Eu nunca vi uma metrópole tão bela
Em cada casa uma beleza incomum

As ruas, as luzes, os becos, as vielas

Mostram-me a beleza dos brasileiros

O favelado esquecido e abandonado
Não perde a alegria nem sua beleza

O trabalhador sai tão cedo na favela
Jovens e crianças indo para a escola
O povo marchando grita e protesta

Tributo ao meu bairro passando as horas
Brasil amado sua bandeira cá esbelta
Ergo ao céu, a pátria amada faz sua glória

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Ericson Eduardo Morais 

33- AO PÉ DA CRUZ

Numa dessas madrugadas um certo rapaz que dormia nas ruas levou-me à um bar grande onde tinha muita gente dançando e alguém cantava tocando no teclado.  Olhei o movimento sentei-me numa cadeira um rapaz ofereceu-me uma bebida mas recusei. Vendo rapazes e moças dançando senti uma grande tristeza, não lembro-me se naquela noite eu chorei.

33- AO PÉ DA CRUZ

Aquela moça que dança o funk proibido
Não sabe que a sua bela alma tem valor
Quem sabe muitos julgam-te e por isso
Tens a beleza de Deus que dá-te amor

Não te respeitam nesse mundo perdido
Não enxergam a beleza da sua alma
Talvez moça ainda não conheces Jesus
E por toda a sociedade és condenada

Ele vê a beleza que tem a sua alma
E convida-te receber o Espírito Santo
Abra o seu coração, ante, ao pé da cruz

Deixe Jesus enxugar agora o seu pranto
Dançava pecando com a alma cansada
Hoje vejo em seus olhos o amor de Jesus 


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Ericson Eduardo Morais 

32- ELOGIOS

Naqueles momentos de angustia e aflição parecia que faltava algumas partes em mim. Foi difícil enfrentar o vazio de se ver totalmente frágil.

32- ELOGIOS

Para todos que usam cadeiras de roda
Não percam a beleza de viver a vida
Elogios faço a essas belas rosas
Que superam e enfrentam, frias feridas

Os deficientes físicos trazem beleza
Que nenhuma maquiagem pode trazer
Sem alguns membros do próprio corpo
Desafiam sorrindo, para sobreviver

Aplaudem a beleza, dos viris atletas
Que venceram o choro, no frio escuro
Sem braços, sem pernas, são malabaristas

Por isso poetizo a beleza dos fortes
Que não desistem de viver um minuto
No corpo a vitória dos valentes artistas 



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Ericson Eduardo Morais